O futuro da preservação está a chegar ao PS2 com o PSRetrox: jogos de PlayStation 2 no PC através de recompilação!"
- Marquinhos Rodrigues
- 10 de abr.
- 2 min de leitura
Imagine poder jogar jogos nativamente no pc

PSRetrox: o futuro da preservação e dos ports nativos de PS2 no PC?
PSRetrox é uma nova ferramenta promissora que trabalha com decompilação e recompilação de jogos de PlayStation 2, permitindo a criação de ports nativos para PC. Embora ainda esteja em estágio inicial, já levanta expectativas altas — especialmente a possibilidade real de vermos Ico e Shadow of the Colossus rodando de forma nativa nos computadores, com todos os benefícios que isso traria.
Muita gente pode se perguntar: “Mas por que um port nativo? A emulação já não é boa o suficiente?”Sim, a emulação avançou muito — mas sempre há espaço para melhorar.

Por que um port nativo faz diferença?
Basta olhar para o exemplo de Sonic Unleashed, que foi recompilado com sucesso. O resultado?
Suporte a 60 fps, e até taxas mais altas como 120, 144 ou 240 Hz
Compatibilidade com ultrawide,
Opções gráficas como desativar motion blur, ajustar o FOV, ou reduzir efeitos como bloom
Jogos muito menos exigentes no PC, ao contrário da emulação, que exige um processador de 6 núcleos ou mais e uma GPU parruda
E claro, muito mais facilidade para mods
Agora imagina tudo isso aplicado a Ico e Shadow of the Colossus.
Ico: preso no passado
Apesar do seu status de clássico cult, Ico nunca teve um relançamento para PS4 ou PS5. Mesmo hoje, o jogo continua limitado a 30 fps, o que já virou “normal”, mas sabemos que poderia ser bem melhor.Existem mods para emuladores de PS2 e PS3 que tentam elevar o framerate, mas com muitos problemas: animações aceleradas, física quebrada, cutscenes em velocidade dupla, colisões que deixam o jogo instável... nada disso é ideal. Um port nativo eliminaria essas limitações e permitiria rodar o jogo com mais de 60 fps, com estabilidade e fidelidade.
Shadow of the Colossus: quase perfeito — mas não totalmente
SotC é uma das experiências mais bem preservadas na emulação, tanto no PCSX2 quanto no RPCS3. Mas mesmo assim, rodar o jogo com desempenho ideal exige um bom hardware.Lembro quando tentei jogá-lo num setup mais modesto: processador Ryzen de entrada, GPU com 4GB de VRAM — e mesmo com muitas configurações ajustadas, o PCSX2 simplesmente não entregava um framerate satisfatório.
Curiosamente, o desempenho no RPCS3 era melhor, mas com outro tipo de problema: ao fazer upscaling da resolução, começavam a surgir bugs visuais, como bordas brancas ao redor das texturas ou áreas da tela cobertas de branco nas laterais. Nada que quebre o jogo, mas são distrações visuais que tiram da imersão.
Com um port nativo, tudo isso seria corrigido — desempenho estável, gráficos limpos e mais acessibilidade para quem não tem um PC topo de linha.
PSRetrox ainda está só começando, mas se cumprir o que promete, pode ser um marco na história da preservação de jogos. E com sorte, poderá dar uma nova vida a dois dos títulos mais emblemáticos do catálogo da PlayStation 2.
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